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Notícias (448)

O Programa Desenrola Brasil de renegociação de dívidas que deve beneficiar mais de 30 milhões de pessoas ao longo da sua duração começa oficialmente nesta segunda-feira (17). As regras foram publicadas no Diário Oficial da União (D.O.U) desta sexta-feira (14). O prazo de adesão ao programa é até 31 de dezembro deste ano. Veja abaixo como vai funcionar.

Nesta primeira fase quem aderir ao programa e que tenha dívida de até R$ 100 terá o seu nome limpo, saindo da lista de negativados sem nenhum custo, com o valor "perdoado". A previsão é que sejam beneficiados 1,5 milhão de pessoas neste caso. No entanto, a regra vale apenas para aqueles que estão negativos, com o "nome sujo na praça". Quem está devendo e não está negativo precisa renegociar este valor caso não consiga pagá-lo de uma só vez. Se não renegociar ou não pagar a dívida, ele volta a ser negativado, diz Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A faixa 2 é outro grupo beneficiado nessa fase, que é o de pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil e dívidas em banco sem limite de valor. Para essa categoria, os bancos oferecerão a possibilidade de renegociação de dívidas diretamente com os clientes, por meio de seus próprios canais. Neste caso o devedor terá prazo mínimo de 12 meses para pagamento das operações.

Os cinco maiores bancos do país –Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica e Santander– já anunciaram que vão aderir ao Desenrola.

A Faixa 1 em que os devedores com renda a partir de dois salários mínimos (R$ 2.640), com dívidas de até R$ 5 mil serão beneficiados numa próxima fase prevista para ter início em setembro.

Confira as regras e veja se você pode participar

Serão duas faixas de renda de devedores que podem acessar o programa. A Faixa 1 é para devedores que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.640), ou que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e a Faixa 2 para pessoas com renda de até R$ 20 mil.

A Faixa 1

Que dívidas poderão ser financiadas no Programa Desenrola Brasil?

O valor do financiamento será de até R$ 5 mil reais por devedor, considerado o somatório das dívidas financiadas contraídas. A regra vale para os devedores que ficaram com dívidas negativadas entre 01 de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022 em bancos e financeiras.

Condições de pagamento

a taxa de juros será de 1,99%;

a parcela mínima será de R$ 50;

o pagamento poderá ser feito em até 60 vezes;

o prazo de carência será de no mínimo 30 dias e de no máximo 59 dias.

Como pagar as dívidas negativadas habilitadas no leilão?

Os devedores poderão optar pelo pagamento à vista ou financiar as dívidas junto a uma instituição financeira. As parcelas poderão ser pagas por meio de débito em conta corrente, boleto bancário ou PIX.

Para o pagamento à vista, o pagamento será feito via Plataforma e o valor será repassado diretamente ao credor por intermédio da Plataforma.

Haverá cobrança de IOF nas operações do Desenrola Brasil?

As operações contratadas no âmbito do Desenrola Brasil (Faixa 1 e Faixa 2) estarão isentas de IOF.

Quais dívidas não poderão ser financiadas?

- dívidas com garantia real;

- dívidas de crédito rural;

- dívidas de financiamento imobiliário;

- operações com funding ou risco de terceiros.

 Como se dará a habilitação ao Programa?

Os devedores que tiverem suas dívidas contempladas no leilão se habilitarão mediante acesso ao GOV.BR com os certificados Prata ou Ouro.

Como é realizado o cadastro no Gov.br?

O cadastro é realizado diretamente no portal do Governo Federal.

- Acesse www.gov.br

- Selecione "Entrar com gov.br”

- Digite seu CPF e clique em “Continuar” para criar ou alterar sua conta.

- Para aumentar o nível da sua conta gov.br de bronze para Prata ou Ouro, você pode utilizar o aplicativo gov.br e seguir as orientações por lá, e pode também logar pela internet na sua conta gov.br e aumentar o seu nível em "Selos de Confiabilidade".

- Também é possível aumentar o nível da sua conta Gov.br de bronze para prata, realizando o login com a conta do seu banco. O devedor deverá ter o número de telefone cadastrado em seu banco para recebimento do SMS de confirmação do acesso.

Os interessados também poderão fazer o seu cadastro no gov.br presencialmente nas agências do INSS, e deverão informar-se sobre como obter a certificação nível Prata ou Ouro.

Como posso consultar a lista de dívidas habilitadas para o Programa ?

A Plataforma irá disponibilizar a lista de dívidas que poderão ser negociadas no Programa, o desconto ofertado pelo Credor e a respectiva situação de cada uma delas.

O que devo fazer se não encontrar a minha dívida?

É possível que o interessado não encontre nenhuma de suas dívidas para renegociação no âmbito do Programa Desenrola Brasil. Isso pode ocorrer por não ter o perfil do programa.

Há necessidade de realização de curso de Educação Financeira para o beneficiário se habilitar?

A Plataforma Operadora disponibilizará acesso a curso de educação financeira para os beneficiários que aderirem ao Desenrola Brasil - Faixa 1. É muito importante a realização do curso, para que o beneficiado pelo programa saiba como evitar novas situações de endividamento e de restrição de crédito.

Como será feita a escolha do Agente Financeiro pelo Beneficiário?

O devedor poderá escolher entre os Agentes Financeiros habilitados e listados na Plataforma Operadora para realizar o financiamento da sua dívida.

Haverá possibilidade de o devedor simular a operação antes da contratação?

Sim, a Plataforma disponibilizará a simulação, considerando as informações registradas pelo devedor e as condições estabelecidas pelo Programa e pelos Agentes Financeiros.

Como será feita a solicitação de financiamento ao Agente Financeiro?

Após seleção do Agente Financeiro pelo beneficiário, a Plataforma enviará a solicitação de financiamento de dívidas, informando as condições negociais escolhidas e a lista de dívidas objeto da operação.

O Agente Financeiro retornará à situação do pedido de financiamento para a Plataforma, que fará a comunicação com o cidadão sobre o aceite ou recusa. A comunicação entre Plataforma e Agente Financeiro ocorrerá eletronicamente, sem a necessidade de que o devedor adote qualquer providência adicional.

Como será feita a assinatura dos contratos?

Os devedores visualizarão e assinarão eletronicamente via autenticação Gov.br os contratos na Plataforma Operadora. O operador comunicará a assinatura e disponibilizará o documento assinado eletronicamente ao Agente Financeiro e ao devedor.

Haverá a possibilidade de desistência do financiamento?

O beneficiário do programa poderá desistir do financiamento antes da formalização do contrato na Plataforma.

Haverá um canal de reclamações e dúvidas para os Devedores?

Sim, o Operador irá providenciar canal para que os devedores possam tirar dúvidas, efetuar reclamações e denúncias referentes ao Programa Desenrola Brasil.

Como será feita a condução do pós-venda e cobrança das operações?

Os Agentes Financeiros serão responsáveis pela condução das operações, pelo recebimento das parcelas conforme contratos firmados, bem como pela realização de ações de cobrança em caso de inadimplemento.

Haverá a possibilidade de renegociação das dívidas honradas?

O Agente Financeiro será responsável por disponibilizar alternativas para o devedor renegociar a operação inadimplida, conforme regras a serem estabelecidas na legislação e regulamentação do Programa.

Faixa 2 do Programa Desenrola Brasil

Quem é o público-alvo?

Pessoas físicas, com dívidas financeiras, e renda de até R$20 mil.

Como se darão as renegociações no âmbito do Faixa 2?

Os bancos oferecerão a possibilidade de renegociação de dívidas diretamente aos seus clientes pessoas físicas, por meio da Plataforma Operadora ou em Canais próprios.

Posso parcelar?

Nesta faixa não há limite de valor da dívida, mas o parcelamento poderá ser feito em 12 meses

As dívidas renegociadas no Faixa 2 serão de cada Agente Financeiro?

Para o Faixa 2, cada Instituição Financeira irá renegociar suas próprias dívidas, não havendo a prerrogativa de consolidação de dívidas de diferentes credores da forma que ocorrerá para os devedores do Faixa 1.

Haverá algum incentivo para renegociação de dívidas no Faixa 2?

Sim. As renegociações realizadas no âmbito do Faixa 2, seguindo a legislação a ser publicada sobre o assunto, poderão gerar crédito presumido, a exemplo do que ocorre na Lei nº 14.257, de 1º de janeiro de 2021 (Programa de Estímulo ao Crédito – PEC).

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), diante dos avanços observados na economia brasileira nos três primeiros meses do ano, reviu as previsões econômicas e espera que o Brasil cresça mais e que a inflação seja menor do que o esperado anteriormente para 2023. As novas previsões e as análises do instituto foram divulgadas nesta quarta-feira(5), na Visão Geral da Conjuntura.

A nova previsão do instituto é que o Produto Interno Bruto (soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país - PIB) cresça 2,2% em 2023. A antiga previsão, até março, era de um crescimento de 1,4%. Já a inflação deve ser menor. A previsão da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,6% para 5,1% em 2023.

De acordo com o relatório, a revisão da previsão do PIB em 2023 ocorreu após o crescimento dos primeiros três meses do ano ter superado as expectativas do Ipea. A previsão do instituto para o período era um crescimento de 1,2% em relação ao período anterior, ou seja, em relação aos últimos três meses de 2022, e que avançasse 2,7% em comparação com os primeiros três meses de 2022. O crescimento, no entanto, foi maior, 1,9% em relação ao trimestre anterior e 4% em relação ao mesmo período de 2022. 

A inflação menor que a esperada, por sua vez, ocorre também devido à valorização do real brasileiro, que junto com a deflação das cotações das commodities resulta em força que pressiona para baixo os preços no atacado, induzindo a um cenário de desinflação no varejo e nos preços ao consumidor. Para o restante do ano, portanto, a perspectiva é, segundo a análise divulgada, de estabilidade.

No documento, os pesquisadores detalham alguns fatores que contribuem com o cenário projetado. Dentre eles, o aumento da demanda por commodities brasileiras, motivada, entre outros fatores, pela reabertura econômica da China. Este ano, o Brasil registrou recordes de superávit mensal na balança comercial para o mês, puxados pelo aumento das exportações de commodities como petróleo, minério de ferro, milho e soja.

Dentro do país, o Ipea aponta duas forças distintas em direções opostas. De um lado, a manutenção por período prolongado de taxas de juros elevadas por parte da autoridade monetária, alcançando o valor médio anualizado de 45% no mercado de crédito, o que pressiona para baixo o crescimento. De outro, impulsionam o crescimento, as medidas fiscais que permitem a sustentação da renda das famílias, assim como a elevação da demanda pública, tanto do consumo do governo como dos investimentos públicos.

O Ipea destaca ainda que novas medidas continuam atuando no sentido de sustentar a renda das famílias no segundo trimestre do ano como um novo aumento do salário mínimo, reajuste dos salários dos funcionários públicos federais, antecipações do abono salarial e os ajustes do valor do Bolsa Família.

relatório pode ser acessado na íntegra na internet.

Brasília vive uma super quinzena quente antes do recesso parlamentar, e não será devido à temperatura ambiental. Votações e depoimentos agitarão a Câmara e o Senado até o dia 17 de julho. O governo Lula aguarda a votação de importantes pautas econômicas na Câmara dos Deputados com poder de alterar o cenário das contas públicas e a conjuntura da economia. São elas as alterações do Senado ao arcabouço fiscal (PLP 93/23), o voto de qualidade no Carf (PL 2384/23) e a recriação do Programa de Aquisição de Alimentos (PL 2920/23), além da discussão da reforma tributária (PEC 45/19).

Por outro lado, a Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) do 8 de janeiro ouvirá o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e também Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal que tirou férias nos Estados Unidos no 8 de janeiro.

O Congresso entra de férias a partir do dia 18 de julho e deve retomar as atividades em 1º de agosto.

Na CPMI do 8 de janeiro, o presidente Arthur Maia (UB-AP) marcou para a terça-feira (4) o depoimento do tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Preso desde maio, Cid já prestou vários depoimentos à Polícia Federal. Mas este deverá ser a primeira vez que aparecerá para falar sobre o golpe em público.

Outro depoimento muito esperado pela sociedade brasileira e internacional é o de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de segurança do Distrito Federal.

“Estamos vendo festival de mentiras e dissimulações nos depoimentos. É possível que Mauro Cid não queira dizer nada. Mas vamos confrontá-lo. E depois é (a vez) do Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e que era o secretário de segurança do DF, que tirou férias nos Estados Unidos no 8 de janeiro”, disse a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) em entrevista ao programa Revista Brasil TVT.

Cid está preso preventivamente por suspeita de participação em suposto esquema de fraude em certificados de vacinação da Covid-19, além de ser alvo de outros dois inquéritos. Um inquérito envolve o recebimento e tentativa de resgate de joias dadas pelo governo da Arábia Saudita ao governo Bolsonaro; e o outro é referente ao golpe de 8 de janeiro.

A Polícia Federal interceptou mensagens com teor golpista no celular de Mauro Cid. A análise do aparelho descobriu também uma suposta minuta de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e outros textos que dariam suporte ao governo Bolsonaro em um eventual golpe de Estado. Esse material integra arquivo de conversas entre Cid e o sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, que também está preso.

O ajudante de ordens de Bolsonaro também trocou mensagens com outro coronel do Exército, Jean Lawand Júnior em 2022. Nas conversas, Lawand pedia que Cid intercedesse junto a Bolsonaro para desencadear um golpe com a presença de militares.

Em depoimento à CPMI em 27 de junho, Lawand alegou que ao pedir a Cid que interviesse para que o então presidente desse a “ordem”, não se referia a golpe. Mas que queria dizer, na verdade, que o pedido era para que o presidente “desse a ordem para apaziguar o país”.

“O celular dele (Cid) é um cipoal de declarações golpistas, inclusive com o preâmbulo de um ato institucional do golpe. Não vai ter como negar. O Jean Lawand mentiu dizendo que pediu uma ordem para apaziguar o país. E como não houve a prisão dele na CPMI, nós entramos com uma notícia crime na Procuradoria Geral da República, para que devidas providências sejam feitas”, observou Jandira Feghali.

As mensagens estavam nos aparelhos telefônicos de Lawand e também do ex-major do Exército Ailton Barros e do coronel Elcio Franco.

Economia

Estão em andamento esforços para que três propostas econômicas importantes para o governo e aos brasileiros sejam votadas imediatamente: o arcabouço fiscal, a reforma tributária e a reestruturação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Tanto que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), antecipou a reunião de líderes dos partidos de terça-feira para a noite deste domingo. O encontro definirá os projetos que integraram a pauta da Casa.

Há possibilidade de inicialmente os deputados apreciarem o projeto de lei do Carf, cuja urgência já foi aprovada há duas semanas e está trancando a pauta da casa. A proposta definirá a volta, ou não, do voto de qualidade, que garante ao presidente do Conselho o desempate nas votações de causas entre empresas e a Receita Federal.

Atualmente, quando há empate na votação no Carf, a decisão converge em favor do contribuinte.

Na sequência, de acordo com parlamentares, deve voltar a ser analisado o novo texto do arcabouço fiscal, depois das alterações realizadas pelo Senado no projeto.

Foram retirados os limites de gastos impostos pelo arcabouço fiscal do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e das despesas com ciência, tecnologia e inovação.

Além disso, o Senado mexeu no texto base concedendo permissão ao governo a usar a estimativa de inflação para servir como referência e elevar o orçamento anual.

O Sindicato dos Empregados em Edifícios e em Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de Florianópolis/SC se solidariza com a vereadora Carla Ayres, do PT de Florianópolis, toda sua assessoria e seus apoiadores, por mais uma ameaça de morte recebida esta semana, sendo esta, a sexta ameaça recebida. Repudiamos esse ato criminoso contra uma vereadora legitimamente eleita, de forma democrática, para legislar, fiscalizar e atender as necessidades de todos(as) os(as) munícipes de Florianópolis.

É inaceitável e inadmissível ouvir passivamente ameaças e discursos de ódio de teor misógino, machista, LGBTfóbico, racista ou político contra quem quer que seja.

Tal comportamento são daqueles(as) que não aceitam a ação de quem atua em defesa dos direitos das mulheres, da população LGBTQIA+, negros, moradores de rua, dos trabalhadores(as), enfim, daqueles(a) que a maioria não vê como igual.

Não podemos nos calar e nem aceitar ameaças a quem defende os interesses imediatos e históricos dos menos favorecidos, em uma sociedade tão desigual.

Exigimos que os autores das ameaças sejam identificados e punidos o mais rápido possível, evitando assim que a ameaça se concretize!

Os(as) dirigentes do SEEF, funcionárias e a categoria consciente estão ao lado da vereadora Carla Ayres e de todos(as) aqueles que sofrem perseguições, ameaças e preconceito. Machistas, LGBTfóbicos, fascistas e racistas não passarão!

A direção do SEEF

Florianópolis, 29 de junho de 2023.

O mercado de trabalho abriu 155.270 vagas de emprego formal em maio, segundo o “novo” Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (29) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. É o saldo entre admissões com carteira e demissões. No ano, o total de empregos formais atinge 865.360. Com isso, o estoque chegou a 43.309.785. Os dados mensais mostram redução do ritmo de crescimento percentual neste ano.

“Considerando a evolução positiva nos números do emprego formal, arrisco que chegaremos a mais de 2 milhões de empregos até o final do ano”, avaliou o ministro durante entrevista coletiva. Em outra ocasião, ele já havia estimado o possível saldo anual em 2,2 milhões de vagas. 

De acordo com os dados do Caged, o emprego cresceu em maio nas cinco atividades econômicas pesquisadas e em 23 das 27 unidades da federação. No ano, o resultado praticamente se repete, com resultado positivo nos cinco grupos de atividade e em 24 das 27 unidades.

Serviços concentram vagas

Com 83.915 vagas a mais, o setor de serviços respondeu por mais da metade do saldo de maio. Em seguida, a construção civil abriu 27.958 postos de trabalho. Depois vêm agropecuária (19.559 empregos formais), comércio (15.412) e indústria (8.429).

De janeiro a maio, os serviços também predominam, com saldo total de 521.540 vagas – mais de 60% do total. O grupo que inclui administração pública, seguridade e educação soma 227.099 vagas. Na sequência, construção (148.630), indústria (123.694) e comércio (11.841).

Além disso, o salário médio de admissão foi R$ 2.004,57. Menor do que em abril (R$ 2.022,83), mas maior do que o registrado em maio de 2022 (R$ 1.969,02). Como costuma acontecer, o salário médio de quem deixa o mercado (R$ 2.082,98) é maior do que o de quem entra.

Os últimos meses têm sido marcados pela intensificação da mobilização da CUT, centrais sindicais e movimentos populares, além de setores produtivos contra a alta taxa de juros, mantida pelo Banco Central, desde agosto de 2022 em 13,75%. É a maior taxa do mundo e traz inúmeros prejuízos à economia do país e, sobretudo, à população brasileira – os trabalhadores e trabalhadoras.

O governo federal, empresários, economistas progressistas, centrais sindicais e movimentos sociais são unânimes em afirmar que os juros altos travam o crescimento econômico, aumentam a dívida pública, impedem a geração de empregos e ainda provocam a desigualdade.

Um estudo internacional publicado em 2021, já mostrava que nos países em que os bancos centrais são independentes, ou seja, o Executivo não tem ingerência sobre as decisões da instituição, fica restringida indiretamente a política fiscal e acaba por enfraquecer a capacidade do governo de se envolver na redistribuição de renda. (veja abaixo).

Mas afinal, qual é o papel do Banco Central para o país. O que faz, e qual seu poder de atuação? Para responder essas e outras questões, o Portal CUT mostra, a seguir, quais são os principais pontos que todos os trabalhadores devem ter em mente sobre a instituição para entender de forma clara como a o BC vem tornando as nossas vidas financeiras mais difíceis.

O que é o Banco Central?

Criado em 1964, a instituição é uma autarquia de natureza especial, inicialmente comandada pelo Executivo Federal com o propósito de regular, por meio de uma política monetária, a economia brasileira.

Para que serve?

Entre as atribuições estão o controle da inflação, garantir a solidez do sistema financeiro, gerenciar a circulação da moeda nacional (em espécie) além de ser o banco dos bancos e o banco do governo.

Isso significa que o BC funciona como uma instituição onde os bancos mantêm contas com suas reservas, que são monitoras a fim de garantir que transações financeiras aconteçam, ou seja que assegurem que os demais bancos terão capital suficiente para arcar com seus compromissos.

É também o banco do governo, que também mantém no BC suas reservas nacionais e internacionais.

Outra responsabilidade do Banco Central, definida por lei, é fomentar o pleno emprego no Brasil.

Comitê de Política Monetária – Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão do Banco Central, formado pelo seu Presidente (hoje, Roberto Campos Neto) e diretores, que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia – a Selic.

Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

A última reunião foi realizada nos dias 20 e 21 de junho, quando o Copom definiu manter a taxa de juros em 13,75% ao ano. A próxima reunião deverá ocorrer em agosto.

Autonomia – o que é a quem serve?

Em 2021 o ex-presidente Jari Bolsonaro (PL), sancionou a Lei Complementar 179 que deu autonomia ao Banco Central. Se antes a instituição era subordinada ao executivo, a partir da lei passou a ter autonomia para, por exemplo, como acontece hoje, manter taxas elevadas de juros como política monetária, tornando-se, portanto, parcial em seu posicionamento, já que penaliza a classe trabalhadora e favorece os rentistas (aqueles que ganham dinheiro com investimentos e não com produção) e o sistema financeiro (os bancos).

Em outras palavras, transfere recursos da população ao sistema financeiro, promovendo ainda mais desigualdade no país.

A autonomia, de acordo com a lei, dá poder ao BC que as metas da política monetária sejam estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (Copom), ligado ao próprio banco.

O presidente do Banco Central é escolhido pelo presidente da República e tem mandato de quatro anos. A figura que atualmente ocupa o cargo é o declarado apoiador de Bolsonaro, Roberto Campos Neto, que de acordo com o movimento sindical tem agido para boicotar o atual governo com a manutenção toda taxa básica de juros em patamares elevados.

De acordo com a lei, apenas o Senado tem o poder de avaliar a conduta do presidente do Banco Central. Desta forma, é o Senado que pode decidir a permanência dele no cargo.

Política monetária – como os juros altos impactam na vida de cada um

Por ter a finalidade de controlar e alcançar as metas de inflação do país, o Banco Central define, por meio da política monetária, qual a taxa de juros básica a ser aplicada no país. É conhecida como Selic e serve de referência para todas as transações financeiras realizadas, desde empréstimos pessoais a juros do cartão de crédito, passando por operações que movimentam a economia do país como os financiamentos destinados à produção nos mais diversos setores.

Ou seja, não somente o cidadão, mas também o setor produtivo – as empresas, o comércio, as indústrias, a agricultura e a pecuária também ficam submetidas a tal política.

Trabalhadores: Para o cidadão comum, os impactos mais cotidianos são sentidos na hora de pagar as contas. Um exemplo simples é quando o brasileiro, por conta do orçamento apertado, precisa entrar no rotativo do cartão de crédito. É a alta taxa de juros do Banco Central o ponto de partida para que os bancos e administradoras de cartões pratiquem a taxa de mais de 400% ao ano.

Trabalhadores e trabalhadoras também sentem no bolso a alta taxa de juros ao comprar bens de consumo como eletrodomésticos, veículos, entre outros. Com a taxa de juros em 13,75%, o consumidor acaba pagando cerca de 50% do valor do bem adquirido, somente como juros.

“Os juros estão embutidos nos produtos. Quando um trabalhador vai comprar uma geladeira, um fogão, ele não compra à vista. Ele financia e com os juros praticados, compra um, mas acaba pagando por três”, disse o presidente da CUT, Sérgio Nobre, durante os atos contra os juros altos, realizados no dia 21 de junho.

Setor produtivo: Por este motivo, o fomento à geração de empregos, previsto em lei como atribuição do Banco Central, fica comprometido. Com juros altos, o consumo se reduz e isso impacta na produção, que por sua vez gera empregos. Ou seja, se não há consumo, não há produção, se não há produção não há empregos, se não há empregos não há consumo e assim a economia na gira.

“A taxa de juros, que é definida pelo BC, tem o poder de gerar emprego ou de causar desemprego. Quando está muito alta, como agora, ela impede a geração de emprego. Porque, com a taxa tão alta, as pessoas não conseguem comprar, não conseguem financiar uma casa, porque vão pagar duas. Elas não vão financiar um carro, porque metade do preço vai ser de juros”, explicou a vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, também vice-presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Governo e investimentos públicos: com a Selic alta, o governo federal também fica obrigado a dispor de mais recursos que poderiam ser destinados a áreas sociais. Para manter investimentos, é praxe o governo emitir títulos da dívida pública, que são adquiridos por investidores – os ricos – que por sua vez, ao resgatarem esses títulos, esses valores serão corrigidos. Com juros altos, é mais dinheiro que o governo é obrigado a pagar.

Juvandia Moreira explica que o governo está gastando em torno de R$ 600 bilhões com o serviço da dívida, a cada ano. “Imagina esse dinheiro na economia? Quantas casas próprias, moradias populares, creches e hospitais. Então quanto mais alta a taxa de juros, mais o governo gasta”, ela conclui.

Vale lembrar que esses recursos são públicos, ou seja, é dinheiro do consumidor, do trabalhador e de empresas que pagam seus impostos. Desta forma, “ao invés do governo ter dinheiro para investir, gerar emprego e renda, o governo tem que pagar para o mercado financeiro, para os especuladores”, reafirma a vice-presidenta da CUT.

Profecia: Ainda em 2021, quando o projeto havia sido aprovado no Senado, em entrevista ao Portal da CUT, o economista e presidente do Instituto Lula, Marcio Pochmann havia dito que a autonomia escondia uma parcialidade já que a instituição ficaria distante de políticas governamentais.

“Nas mãos do mercado financeiro, o BC não atuará numa uma política de incentivo ao emprego e à renda. O trabalhador também será prejudicado com uma política de juros altos que influenciam a habitação, seus gastos pessoais, as contas no supermercado. A vida ficará mais difícil para quem precisa de crédito pra comprar bens duráveis, de consumo, como carros, imóveis e até a possibilidade das empresas contratarem em investir em obras”, disse o economista à época.

O fato se consumou. Hoje, Campos Neto, alheio à queda da inflação e ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) apresentada nos últimos meses, insiste em manter a taxa de juros em patamar elevado, argumentando que a economia ‘ainda precisa dar sinais de estabilidade’.

Banco Central independente trava o desenvolvimento e gera desigualdade

Segundo cálculos do próprio Banco Central para cada 1% de elevação da taxa de juros a dívida pública do país sobe em R$ 38 bilhões. De acordo com economistas, caso a taxa fosse reduzida em apenas meio ponto percentual durante um ano, isso já garantiria o orçamento de 2023 para o Programa Minha Casa Minha Vida.

“Se você tem uma taxa 5% acima do que deveria custar, isso custa R$ 190 bilhões de reais. O governo fica fazendo economia de meio bilhão, um bilhão, mas gasta quase 200 bilhões em razão de uma taxa nessa altura”, explicou o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, na última quinta-feira (22), em entrevista coletiva em Brasília.

Um estudo do Banco Mundial de 2021 aponta ainda que a independência do BC provoca uma desregulação da economia e dá liberdade total aos mais ricos, explodindo o valor dos ativos (os títulos da dívida pública, por exemplo) no mercado, privilegiando exclusivamente as elites.

“Observe que, neste modelo, a desigualdade é um efeito colateral e não um objetivo em si. Não estamos afirmando que o BC independente está causando desigualdade. Em vez disso, estamos postulando que ele modifica os incentivos dos formuladores de políticas para adotar políticas de compensação”, explicam os economistas Michael Aklin (Universidade de Pittsburgh), Andreas Kern (Universidade Georgetown) e Mario Negre (Banco Mundial), responsáveis pela pesquisa

O estudo analisou dados de 121 países, no período de 1980 a 2013, e descobriu que durante esse intervalo de tempo os mais ricos aumentaram sua fatia na renda total dessas nações, em prejuízo das camadas de menor renda.

“O impacto foi especialmente severo para os 10% mais pobres, mas também foi negativo e estatisticamente significativo para os 60% da população com menor renda”.

Luta da CUT contra os juros altos

Após intensa mobilização a fim de pressionar Campos Neto a baixar os juros, a CUT, centrais sindicais e movimentos populares irão ao Senado Federal exigir ações para reverter a política monetária atual, praticada pelo Banco Central comandado por Campos Neto.

“A autonomia do Banco Central e a manutenção de Roberto Campos Neto, um agente do então governo Bolsonaro, como presidente dessa instituição essencial à regulação macroeconômica, beneficiam a minoria de especuladores e rentistas, em prejuízo da classe trabalhadora, quem produz, comercializa, presta serviços, enfim, da maioria da população, que não aguentam as altas taxas de juros praticadas do Brasil”, diz trecho de nota publicada no dia 21 de junho.

O posicionamento expresso da Central é de ”o Senado Federal deve tomar as medidas cabíveis para retirar da presidência do BC - um inimigo do Brasil”. 

Cerca de 88% das 759 negociações coletivas de trabalho com data-base em maio até 6 de junho deste ano, conquistaram reajustes acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumido (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em apenas 11% dos casos os resultados ficaram iguais ao INPC e apenas 0,5% estiveram abaixo. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que divulgou o levantamento besta quarta-feira (21).

Desde 2018, quando o Dieese passou a acompanhar os acordos e convenções coletivas do Mediador, somente em cinco ocasiões o percentual de reajustes acima da inflação ultrapassou a marca de 80%.

Para o técnico do Dieese, Luís Ribeiro, os resultados estão associados a três fatores: queda da inflação, que acumula retração de 2,95% neste ano, a mobilização de sindicatos para repor as perdas acumuladas durante a pandemia e o aumento do salário mínimo.

Outro fator determinante para a maioria dos reajustes salariais ficar acima da inflação foi a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de em fevereiro, de elevar o salário mínimo para R$ 1.320, maior aumento real desde 2012. Em maio Lula encaminhou o Projeto de Lei 2385/23 para retomar a política de valorização do salário mínimo a partir de 2024, que havia sido extinta pelo governo Bolsonaro.

“Muitas categorias têm vencimentos próximos ao mínimo e quando há aumento, isso empurra os salários também para cima”, explica Ribeiro.

O Secretário de Relações de Trabalho da CUT Nacional, Ari Aloraldo do Nascimento, aponta a importância da mobilização dos sindicatos para avançar nos salários, mas ressalta que a situação poderia ser ainda melhor se o Brasil convivesse com juros menores O Banco Central anunciou na quarta-feira a manutenção da taxa de juros, a Selic, em 13,75%.

“A eleição do presidente Lula criou um ambiente favorável para a economia, mas se taxa de juros não estivesse nesse patamar, teríamos ambiente ainda mais favorável para fazer as negociações coletivas, afetadas diretamente pela falta de capacidade de investimentos”, diz.

“As empresas evitam tomar dinheiro emprestado, diante das incertezas de poderem honrar seus compromissos. Portanto, os juros acabam por imobilizar a capacidade produtiva, porque, nesse cenário, elas não ampliam a produção, não contratam mão-de-obra e isso tem sido a grande dificuldade de avançarmos ainda mais”, acrescenta o dirigente.

Indústria lidera, mas com ressalvas

Os melhores resultados nas negociações foram no setor da indústria, com ganhos acima da inflação em 76,2% dos casos. Índice semelhante ao do setor de serviços, que atingiu o aumento real em 75,5% das campanhas salariais.

O comércio foi o segmento com maior dificuldade de atingir esse patamar, com 52,8% das negociações encerradas acima dos índices inflacionários.

O Secretário-Geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Renato Almeida, destaca que das organizações associadas à entidade, 93% tiveram ganho real. Mas há grande preocupação por conta das políticas adotadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

“A maior parte da venda de veículos é feita por financiamento, isso representa 70% das negociações, e uma taxa de 13,75% torna inviável comprar carro financiado. O governo se esforçou para ajudar a fazer a indústria automotiva a crescer, mas o momento nos preocupa, porque a medida é temporária e se não derrubarmos a taxa de juros, não tivemos linha de financiamento com prazos maiores, isso refletirá na produção e irá gerar desemprego”, explica.

Atuação conjunta

O temor se justifica no desempenho econômico de cada segmento. O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria cresceu 1,9% no 1º trimestre de 2023, na comparação interanual. Resultado oriundo principalmente das indústrias extrativas e do segmento de eletricidade, gás, água e esgoto. Já a indústria de transformação e da construção registraram quedas na comparação com o último trimestre do ano passado.

Para o metalúrgico, as mudanças demandam políticas de longo prazo com apoio de todos os setores da economia, inclusive do Banco Central. Iniciativas como o programa Desenrola Brasil, lançado neste mês e que prevê beneficiar 70 milhões de pessoas endividadas, são importantes, mas não conseguirão reaquecer a economia e destravar linhas de crédito sem apoio de outros segmentos.

“A redução da taxa de juros deveria ser uma meta a perseguir como forma de colaborar para atenuar esse cenário ruim. Além disso, linhas de crédito mais baratas deveriam ser criadas urgentemente, de forma a aliviar as famílias. O programa ‘Desenrola’ é um sinal positivo, mas reverter o processo requer um plano de médio e longo prazos, com política monetária adequada e uma política industrial robusta que reconfigure a rota da produção industrial brasileira. Precisamos focar na indústria de transformação, considerando as diretrizes do Plano Indústria 10+, elaborado pelo movimento sindical e já apresentado ao novo governo eleito”, conclui.

Escrito por: Luiz Carvalho | Editado por: Rosely Rocha (CUT Brasil)

O início da Jornada de mobilização contra a política monetária do Banco Central nas ruas foi marcado com um recado claro e direto ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto para que baixe a taxa básica de juros no Brasil, hoje em 13,75%."É uma vergonha o país perseguir meta de inflação. O país tem que perseguir meta de geração de emprego, de crescimento do trabalho, que é isso que o país precisa. Temos que baixar a taxa de juros” disse Sérgio Nobre, presidente da CUT, durante um ato que ocupou as ruas de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Com o olhar atento da população, o dirigente explicou que a política do BC penaliza a classe trabalhadora, ao afirmar que "os juros altos são a forma mais cruel, mais perversa de transferir renda daqueles que são pobres para aqueles que são ricos".

Sérgio Nobre ainda avisou que a pressão continuará nas ruas até o Banco Central baixar os juros. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, terá início no dia 20, quando centrais e movimentos populares farão novos protestos em frente às sedes do BC em várias cidades do Brasil.

Não vamos sair das ruas enquanto o Campos Neto não baixar a Selic. Se ele não fizer isso, vamos ao Senado pedir a cassação dele. Porque o papel do presidente o BC é promover emprego, desenvolvimento do país e ele está fazendo o contrário
- Sérgio Nobre

Manifestação

A caminhada em São Bernardo do Campo, organizada de pela CUT, centrais sindicais e sindicatos filiados, teve participação de movimentos populares e começou logo pela manhã desta sexta-feira, já com centenas de trabalhadores e trabalhadoras em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A ‘Jornada de Lutas Contra os Juros Altos’ será permanente até que o Banco Central, comandado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, pare de boicotar o país e baixe a taxa de juros básica do país, que é a maior taxa do mundo.

Além das centrais, que contou com a participação de diversas entidades sindicais, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

"Essa manifestação é uma luta por emprego, por direitos, uma luta por qualidade de vida. Porque os juros que o Banco Central está praticando são extorsivos, que impedem a geração de emprego, que o trabalhador tenha recursos para comprar sua casa própria, seu carro", destacou a presidenta a Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

No ato, Juvândia mostrou alguns dos impactos negativos da alta taxa de juros para o país. "É por isso que os pátios [das montadoras] estão cheios de carro. A indústria não está conseguindo vender. Se o trabalhador não compra, o comércio não vende, e, se não vende, o trabalhador começa a perder o seu emprego. Por isso que estamos na rua, para cobrar o Banco Central, que é o responsável por esses juros altos, pelo comércio não estar vendendo", disse ela.

Boicote à economia 

Juvandia lembrou que Campos Neto foi indicado à direção do BC em 2019, pelo então presidente Bolsonaro. "Na eleição de 2022 ele foi votar com a camiseta do Bolsonaro. Ele diz que o Banco Central é independente, que não atua politicamente, entretanto a atuação da entidade em manter a Selic elevadíssima prejudica a política econômica do governo Lula, boicota as ações necessárias para o país voltar a crescer", destacou a dirigente da Contraf-CUT.

"Campos Neto também tem dinheiro no exterior e muitos investimentos, por isso está ganhando com essa política que sufoca o desenvolvimento do país. São R$ 600 bilhões de reais que o Tesouro paga de juros aos seus credores. Esse valor, que sai do Tesouro para o bolso de banqueiros e especuladores, seria muito menor se a Selic fosse reduzida e, assim, mais dinheiro o governo teria para direcionar à saúde, educação e infraestrutura", lembrou ainda.

O deputado Lindbergh Farias que também esteve no ato junto com a também deputada e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, destacou que a economia já está respondendo positivamente às políticas de desenvolvimento implementas pelo governo Lula, como valorização do salário mínimo acima da inflação, expansão do Bolsa Família, investimentos no Minha Casa e Minha Vida e redução dos combustíveis - esta última medida, inclusive, favoreceu a queda dos níveis de inflação registrados nos últimos meses. Os impactos positivos, entretanto, são reduzidos por causa da Selic em 13,75%.

"Esse Campos Neto foi indicado por Bolsonaro e está querendo sabotar o governo Lula. Como justificar, com uma inflação baixa, de 3,94% em 12 meses, manter a maior taxa de juros do mundo, de 13,75%? Estamos começando um grande processo de mobilização nacional, porque não vamos admitir que o governo continue sendo sabotado", disse Lindbergh Farias, lembrando que, com 41 votos no Senado, Campos Neto poder ser afastado do Banco Central.

Pressão continuará nos próximos dias

A Jornada de mobilização contra a política monetária do Banco Central é permanente, até que a entidade atenda às demandas por uma Selic favorável ao desenvolvimento do país.

Na próxima segunda-feira (19), os movimentos sociais realizarão um grande tuitaço nas redes sociais, aumentando o compartilhamento de materiais gráficos e vídeos par que a população entenda os impactos negativos da política de juros altos implementada pelo BC. As mensagens serão compartilhadas com as hashtags #JurosBaixosJá e #ForaCamposNeto.

No dia 20 de junho, os movimentos populares realizarão protestos em todo país: em frente às sedes do BC, onde houver, e em locais de grande circulação, nas cidades onde não há sedes do BC.

 

Em fase de construção, o Plano Plurianual para o período 2024-2027 recebeu nesta segunda-feira (12) propostas de trabalhadores e empresários para o documento, que deverá ser encaminhado ao Congresso até agosto. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, foi à sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo, na região central, para receber documento das centrais e falar sobre o projeto. “Vocês já fizeram o PPA dos trabalhadores brasileiros”, afirmou. Senadora e candidata pelo MDB, ela foi bastante aplaudida pelos sindicalistas pelo apoio dado no segundo turno à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O PPA também vai orientar o orçamento da União.

Simone Tebet lembrou que uma das condições para esse apoio foi a elaboração de um projeto de igualdade salarial entre homens e mulheres na mesma função. O projeto já foi aprovado no Congresso e sancionado pelo presidente. “Agora é com vocês. Fiscalização.”

Sistema tributário

Ao mesmo tempo, ela pediu apoio do dirigentes para aprovação, no Congresso, da reforma tributária. “Sem crescimento não há emprego. Sem emprego não há renda. O Brasil não cresce há três décadas. Como crescer com esse sistema tributário? Só tem uma bala de prata”, disse a ministra, ao reafirmar expressão para se referir à reforma e pedindo o “lobby legítimo” dos trabalhadores no parlamento. Segundo Simone Tebet, é o único caminho para o país crescer de forma “sustentável e duradoura”.

Depois do evento, em conversa com jornalistas, ela enfatizou o esforço do governo para convencer alguns setores que se veem prejudicados e disse que o momento não poderia ser mais oportuno. “A reforma tributária é discutida há 30 anos. Nunca tivemos uma discussão tão favorável. A economia está gritando a necessidade, a classe política tem a consciência de que é necessária.” Um dos principais empecilhos, a questão federativa, pode ser superado com a garantia de que alguns municípios serão compensados nas próximas décadas. Uma “janela” de 20 a 30 anos, a depender do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Momento oportuno para o Copom

A ministra comentou ainda sobre a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na semana que vem. As centrais farão novo protesto no dia 20. Para ele, fatores como crescimento do PIB acima da expectativa neste ano e desaceleração da inflação podem proporcionar um “ambiente de conforto” ao Copom, para que ao menos sinalize queda da taxa de juros na reunião seguinte.

A secretária nacional de Planejamento, Leany Lemos, lembrou que o governo vai realizar plenárias nas 27 capitais para colher sugestões para o PPA – 200 mil pessoas também já acessaram a plataforma digital. Os “eixos” são desenvolvimento social, desenvolvimento econômico e defesa da democracia. “Todas as políticas públicas estão sendo pensadas.”

Assim, em nome das centrais, o presidente da UGT, Ricardo Patah, disse que o movimento sindical apresentou uma pauta “factível”, com vários temas. “Não somos invisíveis como pouco tempo atrás. Não vai ser fácil. Essa reconstrução tem que ser solidária, planejada, e passar credibilidade para a população. (…) Nós estamos aqui para ter um Brasil cidadão, de distribuição de renda. O salário mínimo já foi um bom começo.”

A nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios de Florianópolis (SEEF) tomou posse na noite dessa terça-feira (6), no auditório da FECESC. Encabeçada pelo presidente Rogério Manoel Corrêa, a direção estará à frente da entidade pelos próximos quatro anos. Entre os 20 diretores e diretoras empossados, vários participaram das últimas gestões e alguns se integram pela primeira vez à diretoria.

No próximo ano o SEEF completará 40 anos de história e para o presidente da entidade, o último mandato foi um dos mais difíceis desde a fundação, devido aos ataques que o movimento sindical e os trabalhadores sofreram “A direção que assume hoje tem um papel essencial para a continuidade do sindicato. Primeiro o papel político, de se manter do lado certo da história, mesmo sendo difícil. Outro compromisso é manter o SEEF vivo trazendo mais sócios, mostrando aos trabalhadores que o sindicato, por mais dificuldade que tenha, ainda é a mais importante ferramenta de defesa da classe trabalhadora. A partir de hoje cada um de nós aqui, não representa apenas a nossa categoria, mas a classe trabalhadora como um todo”

Além dos integrantes da nova direção, a solenidade de posse contou com a participação de representantes de outros sindicatos, da FECESC e da CUT-SC. A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, em sua fala reforçou a forte atuação do SEEF em defesa da categoria e da importância do sindicato para combater a terceirização, a precarização e a substituição dos trabalhadores em edifícios por porteiros eletrônicos "O que eu mais admiro no SEEF é que ele é um exemplo de sindicato que não faz apenas a luta da categoria, mas está presente em todas as lutas da classe trabalhadora".

Para o presidente da FECESC, Francisco Alano, a posse da nova direção mostra a resistência da classe trabalhadora “Estou muito feliz com essa posse, porque desde queaconteceu o impeachment da presidenta Dilma, o governo do golpista Temer e depois Bolsonaro fizeram de tudo para acabar com os sindicatos, mas essa cerimônia hoje mostra que nós resistimos”.

A eleição do SEEF aconteceu de 11 a 13 de abril e a nova direção foi eleita com ampla aprovação da categoria, recebendo 98,5% dos votos favoráveis.
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