Reunião dos representantes do SEEF, do SECOVI e da FECESC com o superintendente Paulo Eccel teve como objetivo agilizar o processo de representação de base do Sindicato patronal, para os condomínios residenciais de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça
Em 2022, os trabalhadores em condomínios residenciais de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça ficaram sem Convenção Coletiva de Trabalho. A negociação não ocorreu porque a direção do Sindiconde (Sindicato patronal) renunciou. O problema se estende, o sindicato continua inativo em 2023 e para não deixar esta parcela significativa da categoria dos trabalhadores em condomínios residenciais desamparada, o SEEF (Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios) e o Secovi (Sindicato patronal que representa as empresas de condomínios comerciais e mistos) uniram esforços para promover uma ampliação de base, sendo que o processo já foi iniciado junto ao Ministério do Trabalho.
A reunião foi realizada nesta sexta-feira, 05/05, pela manhã, com a participação do presidente do SEEF Rogério Manoel Corrêa, do tesoureiro do SEEF Moacir Erosalte Padilha, do diretor da FECESC, Ivo Castanheira, do presidente do SECOVI de Florianópolis e Tubarão, Márcio Koerich e do vice-presidente Administrativo-Financeiro do SECOVI Alessandro Di Giuseppe. Eles foram recebidos pelo superintendente regional do trabalho Paulo Eccel, que se colocou à disposição para auxiliar na solução rápida do impasse.
Ao apresentar a situação para Paulo Eccel, o presidente do SECOVI destacou que é um caso particular para os trabalhadores em condomínios exclusivamente residenciais, apenas nos municípios de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça, onde há cerca de três décadas teve esta divisão de base. “Nas demais regiões do estado, há somente um Sindicato patronal, que abrange condomínios comerciais e residenciais, além das imobiliárias e shoppings centers”, lembrou Márcio Koerich. O presidente do SEEF, que representa os trabalhadores de toda a base – condomínios comerciais e residenciais, imobiliárias e shopping centers – assinalou o problema que é deixar apenas uma parcela da categoria desassistida: “No ano passado tivemos inflação de 12,47% (INPC) e negociamos essas perdas com o Secovi, mas os trabalhadores dos condomínios residenciais tiveram as mais diversas situações: tem condomínio que repassou o reajuste, tem condomínio que simplesmente não deu reajuste nenhum e tem aqueles que deram 8%, 10%, ou até parceladamente, teve de tudo”, afirmou Rogério Manoel Correa.
O diretor da FECESC (Federação dos Trabalhadores da área de comércio e serviços ao qual o SEEF é filiado), participou da reunião e avalia que é importante ter o representante do Ministério do Trabalho em Santa Catarina empenhado na resolução do problema. Para Ivo Castanheira, a expectativa é de que o processo tenha conclusão rápida e, a partir da extensão de base do Secovi, seja possível restabelecer o processo de negociação e assinar a Convenção Coletiva que garanta reajuste salarial e, também, todas as cláusulas sociais que darão mais garantias aos trabalhadores e aos empregadores em condomínios residenciais.
Foi eleita com 98,5% dos votos a nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios de Florianópolis - SEEF. O pleito foi realizado de 11 a 13 de abril, com apuração no início da tarde desta quinta-feira, 13. A chapa única inscrita para o pleito tomará posse no dia 6 de junho e levará em frente as lutas do Sindicato nos próximos quatro anos.
O presidente reeleito, Rogerio Manoel Corrêa, comemorou a participação dos filiados/as e a eficiência do processo eleitoral: "É preciso agradecer aos integrantes da Comissão Eleitoral, às funcionárias do SEEF, aos companheiros e companheiras das diversas entidades que se disponibilizaram nestes três dias para viabilizar as eleições e, principalmente, agradecer aos nossos filiados e filiadas, que deram seu voto de confiança para continuarmos o trabalho de luta e resistência para avançar na conquista de melhores condições de trabalho." Dirigentes da CUT-SC, FECESC, Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville, PT da Palhoça, Sintrasem e dos Sindicatos dos Comerciários de Florianópolis, Laguna, Palhoça e São José trabalharam na eleição.
Nova Diretoria, velhos desafios
Entre os 21 diretores e diretoras eleitos/as, vários participaram das últimas gestões e alguns se integram pela primeira vez à diretoria. Todos assumem o compromisso de tocar as lutas já bastante conhecidas: a necessidade de ampliar o quadro de filiados e manter a entidade, o desafio de realizar as negociações e acordos coletivos, a atuação constante na defesa dos direitos individuais e coletivos dos trabalhadores representados, entre outros. “Nosso Sindicato resistiu aos últimos anos, quando a organização dos trabalhadores foi fortemente atacada. Vamos continuar nos debruçando sobre as questões específicas de nossa categoria e, também, atuando em conjunto com a CUT, Contracs e Fecesc nas lutas mais amplas da classe trabalhadora”, afirmou Corrêa.A Comissão Eleitoral responsável pelo pleito que elegerá a nova diretoria do SEEF informou, por edital, que uma Chapa se inscreveu e concorrerá. A votação será realizada nos dias 11, 12 e 13 de abril.
Nesta segunda-feira, a Chapa Única "SINDICATO QUE RESISTE E AVANÇA" divulgou material apresentando os candidatos.
Veja a íntegra do Edital da Comissão Eleitoral:
SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EDIFÍCIOS E EM EMPRESAS DE COMPRA, VENDA, LOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS DE FLORIANÓPOLIS/SC
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EDITAL DE REGISTRO DE CHAPAS
Pelo presente edital, observando os artigos 43 e 44 do estatuto, o Sindicato dos Empregados em Edifícios e em Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de Florianópolis/SC, através de sua comissão eleitoral, informa que no prazo estipulado no edital de convocação publicado no Jornal Notícias do Dia, na data de 01 de março de 2023, cujo prazo se encerrou no dia 24/03/2023, ás 18:00 (dezoito) horas, foi registrada para concorrer ao pleito que será realizado nos dias 11, 12 e 13 de abril de 2023, apenas uma chapa, assim constituída: DIRETORIA EFETIVA: Rogério Manoel Corrêa, Edson Marcelo Kosloski, Marlei Chaves das Chagas, Roberge de Medeiros, Eder Farias Borges, Gilmar Maçaneiro e Roger Gouveia Alves. DIRETORIA SUPLENTES: Cristiano José Krammer dos Santos, Luciano dos Santos Ribeiro, Gabriel Luiz Espíndola, Maria Laura Franze, Deni Veridiano da Costa e Paulo da Silva. CONSELHO FISCAL EFETIVO: Luiz Ademir da Silva Bento, Edna Marques Padilha e Moacir Erosalte Padilha. CONSELHO FISCAL SUPLENTES: Valda Santana Neri, João Carlos de Souza e Odilon José Pereira. DELEGADOS REPRESENTANTES EFETIVOS: Rogério Manoel Correa e Moacir Erosalte Padilha. DELEGADOS REPRESENTANTES SUPLENTES: José Carlos Sagaz e Marlei Chaves das Chagas. O prazo para impugnação é de 05 (cinco) dias a contar da publicação deste edital. Florianópolis, 27 de Março de 2023 - Comissão Eleitoral.
Pelo presente edital, ficam convocados todos os associados e demais integrantes da categoria profissional dos empregados em Edifícios e empregados em Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça, para participarem da Assembleia Geral Extraordinária que será realizada em caráter permanente e itinerante, que percorrerá os principais locais de trabalho, nos municípios de Biguaçu/SC, São José/SC, Palhoça/SC e Florianópolis/SC, no período de 13 de março à 31 de março de 2023, com a finalidade de discutirem e deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: 1 – CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO: Discussão e aprovação das normas das Convenções Coletivas de Trabalho a serem firmadas entre este Sindicato e as Entidades Sindicais Patronais, para o período de 2023/2024. 2 – DISSÍDIO COLETIVO: no caso de insucesso na negociação das Convenções Coletivas de Trabalho, poderes para a diretoria interpor Dissídio Coletivo perante a Justiça do Trabalho, realizar acordos, em juízo ou fora dele. 3 – CONTRIBUIÇÃO NEGOCIAL PROFISSIONAL: Discussão e deliberação sobre contribuição negocial profissional a ser aprovada livre e democraticamente, pelos trabalhadores filiados/sócios e não filiados/sócios, cumprindo a prerrogativa da Assembléia Geral dos Trabalhadores de estabelecer contribuições conforme art. 513, alínea “e”, c/c art. 462 e 545 ambos da CLT e inciso V do art. 8º da Constituição Federal de 1988. As deliberações serão adotadas por escrutínio secreto e a assembléia será realizada nos termos do artigo 524 letra “e” e artigo 612 da CLT.
Florianópolis, 07 de Março de 2023
Rogério Manoel Correa
Presidente
Por: Rosemeri Miranda Prado – Diretora Executiva da FECESC e Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SC
Em 2023, o Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais traz para o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, o tema "Pela Vida, Democracia e Autonomia Econômica das Mulheres" e lista reivindicações diversas, todas igualmente importantes: a valorização do Salário Mínimo, mais emprego e proteção, mais creches e escolas públicas, salário igual para trabalho igual e o combate à violência. Como Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SC e diretora da Federação dos Trabalhadores no Comércio - FECESC, quero me debruçar particularmente sobre o tema da violência contra a mulher, não por alguma ordem de importância entre as pautas colocadas, mas pelo sentimento de urgência que as mulheres têm vivido e sentido nestes tempos.
O relatório "Visível e invisível: A vitimização de mulheres no Brasil", elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Instituto de Pesquisas Datafolha, apresenta dados sobre diferentes formas de violência física, sexual e psicológica sofridas por mulheres com 16 anos ou mais no ano de 2022, no Brasil. "Agressões físicas, ofensas sexuais e abusos psicológicos se tornaram ainda mais frequentes na vida das brasileiras. O assédio sexual, seja no ambiente de trabalho ou no transporte público, atingiu recordes inimagináveis. E, ainda que não se possa hierarquizar os traumas provocados pelas diferentes modalidades de violência, o fato é que estamos diante de um crescimento agudo de formas graves de violência física, que podem resultar em morte a qualquer momento.", diz o relatório. O estudo aponta que, entre os muitos fatores que podem ser relacionados como causa para o aumento desta violência, está a retirada do financiamento das políticas de enfrentamento à violência contra a mulher por parte do Governo Federal nos últimos quatro anos; a pandemia de Covid-19, que comprometeu os serviços de acolhimento às mulheres em situação de violência e, destaca o relatório, "a ação política de movimentos ultraconservadores que se intensificaram na última década e elegeram, dentre outros temas, a igualdade de gênero como um tema a ser combatido".
Esta última questão é exemplificada no relatório através do movimento Escola Sem Partido, que intimida professores e propõem projetos de Lei que atacam a inclusão do tema igualdade de gênero, raça e sexualidade nos conteúdos escolares. Bem, nós, catarinenses, ainda em 2023 convivemos com um governo estadual que sancionou a Lei que institui a Semana Escolar de Combate à Violência Institucional contra a Criança e o Adolescente e que, em seu texto, estabelece que de 8 a 14 de agosto os debates escolares se dediquem a “ampliar o conhecimento de crianças e adolescentes sobre o direito de liberdade de aprender conteúdo politicamente neutro”.
Não há que ser neutro frente à discriminação, ao discurso de ódio, às muitas violências que sempre permearam nossa sociedade e que, nos últimos anos, avançam numa escala crescente. Não é possível conviver em silêncio com as notícias diárias de agressões às mulheres e ao feminicídio. Não é possível aceitar que uma parcela ainda tão pequena de mulheres que se fazem presentes na política sejam vítimas constantes de assédios violentos, como foram os casos sofridos por vereadoras de diferentes cidades catarinenses. Não há como calar quando se multiplicam vozes machistas nas redes sociais.
A ausência de debates, a falta de financiamento no combate à violência, a desestruturação das políticas e equipamentos públicos no atendimento às vítimas, a não punição devida aos autores de violência, são todos fatores que encorajam e multiplicam os agressores.
Iniciamos 2023 diante de um novo cenário político no país mas, muito mais do que comemorar a volta da esperança, precisamos aumentar a nossa voz e ocupar nossos espaços, o espaço da mulher no trabalho, na sua casa, na política, na sociedade. Um espaço onde não aceitamos mais negociar a submissão, a desigualdade e menos ainda a violência de qualquer tipo. O 8 de março significa reflexão e chamado para a ação: mulheres, não nos calemos!
Um instrumento dos trabalhadores na defesa dos seus direitos. Ele apresenta as principais garantias previstas na legislação e nas convenções e acordos coletivos de trabalho assinadas pelo Sindicato.