icon-fone
(48) 3228-5140 / 3228-5121
Segunda a sexta / 08h às 12h / 14h às 18h

Galeria de fotos

Terça, 20 Junho 2023 09:50

Juros altos são a forma mais cruel de penalizar os pobres, diz Sérgio Nobre Destaque

O início da Jornada de mobilização contra a política monetária do Banco Central nas ruas foi marcado com um recado claro e direto ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto para que baixe a taxa básica de juros no Brasil, hoje em 13,75%."É uma vergonha o país perseguir meta de inflação. O país tem que perseguir meta de geração de emprego, de crescimento do trabalho, que é isso que o país precisa. Temos que baixar a taxa de juros” disse Sérgio Nobre, presidente da CUT, durante um ato que ocupou as ruas de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Com o olhar atento da população, o dirigente explicou que a política do BC penaliza a classe trabalhadora, ao afirmar que "os juros altos são a forma mais cruel, mais perversa de transferir renda daqueles que são pobres para aqueles que são ricos".

Sérgio Nobre ainda avisou que a pressão continuará nas ruas até o Banco Central baixar os juros. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, terá início no dia 20, quando centrais e movimentos populares farão novos protestos em frente às sedes do BC em várias cidades do Brasil.

Não vamos sair das ruas enquanto o Campos Neto não baixar a Selic. Se ele não fizer isso, vamos ao Senado pedir a cassação dele. Porque o papel do presidente o BC é promover emprego, desenvolvimento do país e ele está fazendo o contrário
- Sérgio Nobre

Manifestação

A caminhada em São Bernardo do Campo, organizada de pela CUT, centrais sindicais e sindicatos filiados, teve participação de movimentos populares e começou logo pela manhã desta sexta-feira, já com centenas de trabalhadores e trabalhadoras em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A ‘Jornada de Lutas Contra os Juros Altos’ será permanente até que o Banco Central, comandado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, pare de boicotar o país e baixe a taxa de juros básica do país, que é a maior taxa do mundo.

Além das centrais, que contou com a participação de diversas entidades sindicais, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

"Essa manifestação é uma luta por emprego, por direitos, uma luta por qualidade de vida. Porque os juros que o Banco Central está praticando são extorsivos, que impedem a geração de emprego, que o trabalhador tenha recursos para comprar sua casa própria, seu carro", destacou a presidenta a Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

No ato, Juvândia mostrou alguns dos impactos negativos da alta taxa de juros para o país. "É por isso que os pátios [das montadoras] estão cheios de carro. A indústria não está conseguindo vender. Se o trabalhador não compra, o comércio não vende, e, se não vende, o trabalhador começa a perder o seu emprego. Por isso que estamos na rua, para cobrar o Banco Central, que é o responsável por esses juros altos, pelo comércio não estar vendendo", disse ela.

Boicote à economia 

Juvandia lembrou que Campos Neto foi indicado à direção do BC em 2019, pelo então presidente Bolsonaro. "Na eleição de 2022 ele foi votar com a camiseta do Bolsonaro. Ele diz que o Banco Central é independente, que não atua politicamente, entretanto a atuação da entidade em manter a Selic elevadíssima prejudica a política econômica do governo Lula, boicota as ações necessárias para o país voltar a crescer", destacou a dirigente da Contraf-CUT.

"Campos Neto também tem dinheiro no exterior e muitos investimentos, por isso está ganhando com essa política que sufoca o desenvolvimento do país. São R$ 600 bilhões de reais que o Tesouro paga de juros aos seus credores. Esse valor, que sai do Tesouro para o bolso de banqueiros e especuladores, seria muito menor se a Selic fosse reduzida e, assim, mais dinheiro o governo teria para direcionar à saúde, educação e infraestrutura", lembrou ainda.

O deputado Lindbergh Farias que também esteve no ato junto com a também deputada e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, destacou que a economia já está respondendo positivamente às políticas de desenvolvimento implementas pelo governo Lula, como valorização do salário mínimo acima da inflação, expansão do Bolsa Família, investimentos no Minha Casa e Minha Vida e redução dos combustíveis - esta última medida, inclusive, favoreceu a queda dos níveis de inflação registrados nos últimos meses. Os impactos positivos, entretanto, são reduzidos por causa da Selic em 13,75%.

"Esse Campos Neto foi indicado por Bolsonaro e está querendo sabotar o governo Lula. Como justificar, com uma inflação baixa, de 3,94% em 12 meses, manter a maior taxa de juros do mundo, de 13,75%? Estamos começando um grande processo de mobilização nacional, porque não vamos admitir que o governo continue sendo sabotado", disse Lindbergh Farias, lembrando que, com 41 votos no Senado, Campos Neto poder ser afastado do Banco Central.

Pressão continuará nos próximos dias

A Jornada de mobilização contra a política monetária do Banco Central é permanente, até que a entidade atenda às demandas por uma Selic favorável ao desenvolvimento do país.

Na próxima segunda-feira (19), os movimentos sociais realizarão um grande tuitaço nas redes sociais, aumentando o compartilhamento de materiais gráficos e vídeos par que a população entenda os impactos negativos da política de juros altos implementada pelo BC. As mensagens serão compartilhadas com as hashtags #JurosBaixosJá e #ForaCamposNeto.

No dia 20 de junho, os movimentos populares realizarão protestos em todo país: em frente às sedes do BC, onde houver, e em locais de grande circulação, nas cidades onde não há sedes do BC.

 

botao telegram seef1

Filiado

filiado fecescfiliado contracsfiliado cutfiliado dieese

Manual do trabalhador

Um instrumento dos trabalhadores na defesa dos seus direitos. Ele apresenta as principais garantias previstas na legislação e nas convenções e acordos coletivos de trabalho assinadas pelo Sindicato.

BAIXAR MANUAL

SEEF - Sindicato dos Empregados em Edifícios e em Empresas de Compra
Venda, Locação e Administração de Imóveis de Florianópolis/SC

Cód. Sindical: 914.565.164.01868-4    |    CNPJ: 78.664.125/0001-03
  Av. Mauro Ramos, 1624, 1º andar
     Centro -/ Florianópolis / SC
  (48) 3228-5140 / 3228-5140