Você já pediu aumento para o seu patrão? Então já sabes como isso é complicado, e como muitos deles alegam várias desculpas para não aumentar o teu salário ou te dar algum benefício como o vale alimentação ou vale transporte. Agora imagine o Sindicato pedindo aumento e benefícios para todos os trabalhadores? Então, essa é a Negociação Coletiva de Trabalho.
Entre as diversas tarefas do sindicato, podemos dizer que uma das mais árduas é a negociação do aumento salarial com os patrões. Uma negociação coletiva de trabalho não é simples, necessita de muita preparação, paciência, conhecimento e argumentos para conseguir um resultado satisfatório que nem sempre é alcançado. Essas negociações coletivas de trabalho se dão em um período específico de cada categoria, chamada de data base.
Mas quem define a porcentagem de aumento salarial? As negociações em sua maioria têm por parâmetro inicial o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), e a partir dele definisse o aumento real. São feitas assembléias com os trabalhadores, para que juntos decidam a pauta de reivindicações que o sindicato apresentará aos patrões. Essa pauta é encaminhada para o sindicato patronal que também faz uma assembléia com os empregadores e em seguida iniciasse um processo de negociação.
É através do resultado destas negociações que os sindicatos ajudam diretamente na distribuição de renda, pois este é o momento em que conseguimos fazer que os patrões transfiram para os trabalhadores um pouquinho dos seus lucros. A distribuição de renda para os trabalhadores não se dão somente nos salários, eles podem vir também através de outras cláusulas como, vale alimentação, vale transporte, gratificações por tempo de serviços, entre outras.
Mas a resistência patronal é muito forte, eles dificultam ao máximo as negociações e não é fácil ganhar aumentos significativos. Por essa razão também há as negociações que não chegam a um acordo, quando isso acontece é obrigatório encaminhar para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o resultado do julgamento chamamos de dissídio coletivo de trabalho.
Por tudo isso é importante a união dos trabalhadores, pois quanto mais forte o sindicato, maior é a pressão aos patrões! Sem o apoio e participação efetiva dos trabalhadores no processo de negociação fica ainda mais difícil alcançar um bom resultado que atenda as expectativas dos trabalhadores. É fundamental para os negociadores que os trabalhadores se mantenham mobilizados para o avanço nas negociações coletivas. Pois juntos, somos fortes!
Rogério Manoel Corrêa